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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Anúncio de oportunidade (oportunidade de ficar calado)

Você já ouviu alguma baboseira e pensou que a pessoa que a disse perdeu uma oportunidade de ficar calada? Pois bem, isso também pode se aplicar a anúncios de oportunidade.

Se você já sabe o quê é um anúncio do tipo, ótimo, e se não sabe, explicarei superficialmente: é um tipo, que se aproveita de um momento, um acontecimento que esteja em evidência, seja um fato, como um novo presidente, até uma gafe ("relaxa e goza" da nossa queridíssima Marta Suplicy é um bom exemplo), para lançar uma peça que pegue toda essa evidência na mídia, na boca do povo, e associe com sua marca, algo que faça-a ser lembrada pela sacada, que se espera normalmente, ser algo genial. Não é sempre o caso, infelizmente. Veja a seguir um exemplo de anúncio de oportunidade:


Entendeu agora? Pois bem, dito isto, vamos ao que interessa! Vejam esta peça já "antiga", que se aproveitou - ou pelo menos tentou - do "sucesso" do Zina, aquele corinthiano que aparecia no programa Pânico um tempo atrás (o que só falava RONALDO).



Gente, essa propaganda foi tão produzida, teve tanto trabalho, que provavelmente foi filmada entre uma tomada e outra de alguma gravação do Pânico. Só ver o Pacaembu ao fundo do vídeo. Lógico que uma propaganda inteligente, com uma boa sacada, não precisa ser bem produzida dependendo do conteúdo, mas não é o caso. Bordões são méritos das próprias campanhas, e a tentativa de aproveitar o bordão do Pânico, o "Ronaldo", em um contexto fraco como "se você não tem sorte como o Zina, estude!" não convenceu. Faltou aquele bom e velho argumento chave, um que me faça pensar "ok, se o Zina ta na tv ganhando dinheiro, porque eu não posso? Agora mesmo é que não vou estudar". No fim, dá até pra dar aquela risadinha meio sem graça com a propaganda, mas é algo que a gente espera de um trabalho de faculdade, e não de uma peça séria que vá ao ar.

Como diria o próprio IESB, na teoria, poderia dar certo, mas na prática, foi uma bela m...

ps: e vale lembrar, o Zina foi preso, ou seja, melhor não contar com a sorte, ESTUDE...menos no IESB, afinal, vai que seu professor é o cara que fez essa propaganda.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Eu te ofereço um Dolly, com toda decepção!

Dia dos pais é uma data para se comemorar correto? Bem, depois dessa propaganda do Dolly, tenho lá minhas dúvidas...

Aqui no Dissecando, você já viu ótimas campanhas, então para quebrar um pouco esta sensação que só existe propaganda boa, vamos mostrar o outro lado da moeda.


Está aí ainda? Se estiver (vivo), vamos começar (o que chega a ser difícil, porque tem tanto a se comentar que não sei por onde iniciar). Música horrível? Checado. Mascote bizarro e disforme? Checado. Efeitos do paint? Checado.

É normal marcas quererem serem associadas com datas importante como dia dos pais ou natal (coca-cola?), mas esse é um processo que demora tempo, pesquisa, e muuuuita paciência. Ai me vem o guaraná Dolly, sem muita tradição, e me enfia na goela uma propaganda querendo

mostrar que Dolly e dia dos pais tem tudo a ver? "Eu te ofereço um Dolly, como toda emoção"?? A pessoa vai, te cria com todo carinho, tempo, dinheiro, e você retribui isso com um guaraná? Nem se fosse o guaraná Jesus eu faria isso! Ou seja, associar a marca com sentimentos bons, uma data festiva? Fail. Vamos para próxima:

Música ridícula. Um jingle bem feito, vai fazer a marca grudar na sua cabeça que nem chiclete mastigado. Um mal feito, fará você desejar a morte a cada segundo miserável de sua vida que você lembrar-se da música. Ou seja, você pega raiva da campanha, e por tabela, do anunciante. Letra clichê, voz irritante, repetição sem fundamento. Não é um "3218181, 3218181" daquelam propaganda de táxi que repetia muito pra gente se lembrar do número do táxi, é só uma letra chata que repete a mesma coisa sem necessidade. Nota final para o jingle: -5

Vale falar que o descaso com essa peça é tão grande, que ela já foi usada em outros dias dos pais, totalmente reciclada do lixo.

Só posso acreditar que o orçamento dessa propaganda foi de duas tampinha de refrigerante e uma balinha, porque nada nela diz o contrário. Vejam a última cena da propaganda e pausem. Olha esse efeito no "feliz dia dos pais". Eu faço aquilo no photoshop em um segundo, e eu não sei NADA de photoshop. Estágiarios fizeram motim na agência e fizeram a peça sozinhos? Aliás, será que foi uma agência que fez isso, ou foi coisa interna da própria Dolly, porque se isso foi coisa de uma agência séria, parem o mundo que eu quero descer.

Por fim, algo que nem chega a ser culpa dos responsáveis por essa peça. O tal mascote Dollynho. Quem foi o designer dele, o Dr. Frankstein? Pegaram as feições de um bebê (muito do feio por sinal) e tacaram dentro da embalagem de um guaraná Dolly? Se isso era pra conquistar o público infantil, então próxima aposta das companhias deveria ser utilizar o brinquedo assassino (na minha opinião, bem mais simpático que o Dollynho).

Enfim, propagandas geniais conquistam o público e até a crítica. Propagandas feitas nas coxas, empurradas com a barriga, causam apenas constrangimento. Pra quem fez, e até pra quem viu.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

125 anos abrindo a felicidade!

Hoje vou comentar sobre umas das melhores propagandas que já vi, foi a da Coca Cola intitulada de "Existem razões para acreditar em um mundo melhor". A primeira vez que vi foi no cinema, e achei bem interessante, tudo bem que a realidade mundial está bem longe do que é dito na propaganda mas isso já é um sinal de melhora!

A propaganda foi criada pela agência Santo para comemorar os 125 anos da Coca Cola com os dados de uma pesquisa realizada em 2010 sobre os acontecimentos e as atualidades do mundo.

Existem duas versões da propaganda, uma em espanhol e a outra em portugues. Eu particulamente achei a propaganda espanhola mais legal pois ela não tem cortes como a brasileira que você pode ver clicando aqui. Veja o comercial em espanhol e legendado abaixo: